Será o Olfato o Sentido Humano Mais Poderoso?

O cheiro é talvez a forma mais antiga pela qual os humanos entendem o mundo. Desde os primórdios da existência humana, os odores cumpriram um papel fundamental na sobrevivência e comunicação. Evidências científicas mostram que os cheiros são armazenados em forma de aprendizado, constituindo memórias de longo prazo que ficam então armazenados no hipocampo e podem ser associados a emoções. Dessa forma, quando sentimos um cheiro que nos lembra algo, podemos despertar, por meio do sistema límbico, aquele sistema que armazena nossas emoções, emoções boas ou não tão boas assim.

Os odores agradáveis ​​têm o poder de nos fazer sentir melhor, o que afeta diretamente a avaliação do ambiente e do produto. Quando algo cheira bem, temos a tendência a uma impressão mais positiva em relação a isso. Além disso, os cheiros não mudam apenas a forma como as pessoas se sentem, eles influenciam fortemente o que pensam. O perfume, por exemplo, atua como uma espécie de conexão cerebral, unindo associativamente todos os pensamentos e experiências pertencentes a uma marca ou momento.

É importante ressaltar que o cheiro influencia não apenas as emoções, mas também a cognição e o comportamento de um indivíduo. Os odores são detectados por células localizadas em nossa cavidade nasal, e cada pessoa possui cerca de 10 milhões dessas células olfativas. Surpreendentemente, o olfato humano pode detectar mais de 1 trilhão de odores diferentes. Consegue imaginar isso?

Desde cedo, os seres humanos têm uma conexão especial com os cheiros. Os bebês, aos 6 dias de idade, já possuem a capacidade de preferir o cheiro do seio materno em comparação ao cheiro de outras mães lactantes. Nesta mesma época, somente dois pontos são tão desenvolvidos, o campo das emoções e o sistema olfativo. Não é pura coincidência. Lembrar-se de uma experiência olfativa leva a uma associação de memória emocional, porque aromas e odores estão ligados às nossas memórias.

Por muito tempo, era verdade que as preferências olfativas de um indivíduo eram embutidas nos genes e inatas. No entanto, estudos têm mostrado que as preferências e tolerâncias a odores são aprendidas e não inatas. Portanto, nosso gosto por cheiros específicos pode ser influenciado pelo ambiente em que crescemos e pelas experiências que tivemos. Contudo a percepção olfativa é mantida individual e pessoal, variando de pessoa para pessoa. O mesmo odor sentido por duas pessoas no exato instante, podem gerar sensações e sentimentos completamente diferentes em cada uma.

É interessante notar que fatores ambientais, como umidade, temperatura e condições do vento, podem afetar a percepção de um indivíduo em relação a um cheiro. No inverno, por exemplo, o olfato humano é menos sensível em temperaturas menores.

As diferenças entre homens e mulheres também são notáveis ​​quando se trata de percepção olfativa. As mulheres têm uma sensibilidade olfativa um pouco mais forte do que os homens, especialmente durante o período de ovulação. Onde o sexo feminino fica mais sensível e é capaz de ser milhares de vezes mais perceptível do que sexo masculino. Permitindo perceber mais odores.

O humor afeta a criatividade de um indivíduo, e a capacidade de resolução de problemas também pode ser melhorada quando aromas ambientais agradáveis ​​são introduzidos. Isso se reflete no ambiente de trabalho, onde funcionários que trabalham em ambientes com aromas agradáveis ​​têm um rendimento melhor. 

Os cheiros são uma forma de expressão. Usar as fragrâncias para criar conexões com pessoas, despertar sentimentos, e comunicar, é um meio muito poderoso e delicado. A Lebosc auxilia neste trajeto, confira por aqui.